domingo, 14 de julho de 2013

Metabolismo de lipídeos

Os lipídeos possuem diversas ações biológicas de suma importância no organismo e abordam os triacilgliceróis (também conhecidos como triglicerídeos), fosfolipídeos e colesterol. O triacilglicerol é o mais presente no organismo e constitui o principal combustível de reserva. Os fosfolipídeos e o colesterol são importantes constituintes das membranas celulares.

No estado absortivo, o triacilglicerol é armazenado no tecido adiposo. Durante o jejum este lipídeo é hidrolisado para que seus produtos sejam distribuídos pelo corpo para produção de energia.

No estado alimentado, os triacilgliceróis são digeridos pela lipase gástrica e pela lipase pancreática. Os produtos dessa degradação são ácidos graxos livres e 2-monoacilglicerol, que são absorvidos no epitélio do intestino delgado. Estes, por sua vez, são empacotados em quilomícrons e carregados pela corrente sanguínea. Na superfície das células do endotélio capilar, os triacilgliceróis empacotados em quilomícrons são hidrolisados pela lipoproteína lipase, tendo como produtos ácidos graxos e glicerol.

Os ácidos graxos são usados no mesmo tecido onde foi feita a hidrólise e o glicerol é levado através da corrente sanguínea para o fígado, onde será utilizado na glicólise ou a gliconeogênese.
Durante o estado alimentado, quando há um consumo de carboidrato em excesso na dieta em termos da quantidade necessária na produção de energia, esse carboidrato é convertido em ácido graxo ainda no fígado. A síntese dos ácidos graxos acontece no citosol, com auxílio da acetil-CoA. Os ácidos graxos são formados através da adição em sequencia de unidades de dois carbonos de Acetil-CoA na extremidade da carboxila com auxílio da enzima ácido graxo sintase.

Em termos de produção de energia, os ácidos graxos circulantes na corrente sanguínea são captados e levados às células. Estes são degradados a Acetil-CoA, produzindo NADH e FADH2, que são posteriormente utilizados no ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa.


Por Larissa Valadares

Referências bibliográficas:
Devlin, Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas, 6ª edição
Champe, Bioquímica Ilustrada, 3ª edição, capítulo 16
SHIL, Maurice E. – Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 10ª Edição.




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