quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aterosclerose: Influência de Fatores Não-Dietéticos e Dietéticos.

A Influência da Dieta
               De acordo com o artigo The influence of the lipids of the diet on aterosclerose, a cerca de 40 anos, o papel da dieta começou a se destacar em relação as enfermidades crônico-degenerativas como as doenças cardiovasculares, dislipidemias, diabetes mellitus não insulino-dependentes, câncer e obesidade, destacando-se os lipídeos dos alimentos.
             Nas últimas décadas, houve progressos notáveis nos Estados Unidos e em outros países, ocorrendo entre os anos 1963 e 1995 uma queda de aproximadamente 50% das mortes por cardiopatia isquêmica e de 70% na de mortes por AVCs. 
               O motivo dessas quedas foi atribuído as mudanças do estilo de vida, incluindo a diminuição do fumo, mudança dos hábitos alimentares com a redução da ingestão de colesterol e outras gorduras animais saturadas.
             Esse reconhecimento, da influência da dieta na prevenção da Aterosclerose, contribuiu para o estabelecimento de limites seguros de consumo de gorduras e colesterol, visto na tabela abaixo:


            A redução dos níveis séricos de colesterol através da dieta promove o declínio na taxa de progressão da doença aterosclerótica, ocorrendo regressão de algumas placas e uma redução do risco de eventos cardiovasculares. Essa redução diminui os riscos de eventos relacionados à Aterosclerose e pacientes com cardiopatia coronariana estabelecida.

 A Influência de Fatores Não-Dietéticos
               Os fatores não-dietéticos estão diretamente ligados as condições físicas, patológicas, metabólicas e hormonais dos indivíduos, onde é necessário acompanhar cada pessoa por um longo período.
Segundo o livro Alimentos, Nutrição e Dietoterapia (Krause e Mahan - 7ª edição), a prática de exercícios físicos está diretamente relacionada aos níveis de colesterol sanguíneo e o sexo e os hormônios também são fatores relacionados a Aterosclerose. 
               Indivíduos do sexo masculino são mais propensos a doença, já as mulheres durante os anos férteis (10 a 49 anos) tem baixos níveis de gordura no sangue, tendo assim, menor chance de adquirirem doenças cardiovasculares, porém, após a menopausa esses níveis são elevados, havendo uma maior frequência de distúrbios vasculares. Assim sendo, é possível concluir que os hormônios sexuais femininos atuam como agentes protetores.
          Entretanto, a gravidez e os anticoncepcionais contendo estrogênio também conduzem a hiperlipidemia, isto é, elevado nível de lipídeos no sangue, o que pode desencadear doenças como hipotireoidismo, nefrose, diabetes, entre outras.

A Influência de Fatores Dietéticos
               Alguns fatores dietéticos podem auxiliar na prevenção ou na regressão da aterosclerose, vejamos alguns exemplos:
*Gordura: o tipo e a quantidade de gordura ingerida na dieta do indivíduo influem no nível do colesterol sérico. A remoção das gorduras saturadas da dieta é mais eficaz do que acrescentar uma quantidade igual de gorduras poliinsaturadas para reduzir o colesterol do sangue. Aparentemente é a proporção de ácidos graxos saturados e dos poliinsaturados na dieta total consumida determina os níveis de lipídeos  que serão, posteriormente, armazenados nos vasos sanguíneos.
*Colesterol: tem pouca influência no nível de colesterol sérico. Segundo Framingham, não te efeito significativo na concentração de colesterol do sangue. No entanto, o colesterol dietético torna-se significativo quando comparado com a gordura poliinsaturada na dieta, a qual tem um efeito redutor de colesterol sérico quando o colesterol dietético também é reduzido.
*Carboidratos: em grande quantidade causa o aumento de triacilglicerídeos séricos em algumas pessoas, ou seja, as mais sensíveis a uma certa carga de carboidratos. 
*Fibra dietética: a pectina, uma fibra dietética, encontrada em frutas, abaixa os níveis do colesterol sérico. Outros exemplos são: resina "guar" nas dietas sintéticas, a fibra e aveias e o feijão de soja. Não há evidências desse benefício na fibra do farelo de trigo.
*Vegetais: os vegetais, tanto folhas como raízes e grãos, ingeridos em quantidades normais na dieta reduzem o colesterol do sangue. O consumo de talos e folhas de vegetais está associado aos baixos valores séricos de VLDL e ao colesterol total e os grãos integrais estão associados os baixos valores de LDL e colesterol total.
*Oligoelementos: é possível correlacionar os oligoelementos com coronariopatia quando se leva em conta o índice de mortalidade baixo por esta doença em áreas com suprimento de água dura (não tratada). Quando a água é suavizada, a morte por coronariopatia aumenta.
*Vitamina E: estudos mostram que a suplementação de vitamina E indicou aumentos significantes nas lipoproteínas de alta densidade em mulheres, mas em homens os níveis de HDL foram mínimos e restringidos para aqueles com concentrações inicialmente baixas de HDL.          
  
Fonte: 
Livro: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, Krause e Mahan, 7ª edição, editora Roca.  

Por Amanda Silva.

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