segunda-feira, 6 de maio de 2013

Manifestação da aterosclerose

Sabe-se que para a ocorrência de grande maioria das doenças existe todo um estágio pré-patológico, que é quando determinada doença ainda não está em sua fase sintomática, mas a pessoa já está exposta aos fatores de risco do problema. Esse fato não é diferente com a aterosclerose. Existem diversas fases a serem analisadas, de modo geral podemos dividi-las em três grupos: 
Fase 1 - As gorduras circulam no sangue e gradualmente vão se aglomerando nas camadas internas das artérias.
Fase 2 - Nessa fase os componentes da artéria (fibras do tecido e até mesmo células musculares) vão se desenvolvendo ao redor das placas de gordura, criando uma "bolsa".
Fase 3 - É a fase mais avançada, quando as placas de gordura estão calcificadas, o que as tornam mais inflexíveis. 


As substâncias que ficam acumuladas nas paredes arteriais, principalmente as gorduras, acabam formando uma lesão no tecido denominadas placas ateromatosas ou simplesmente ateromas. Quando essas placas desprendem-se do tecido (cujos nomes passam a ser êmbolos), elas começam a percorrer os vasos até chegar a um determinado ponto em que essa placa não consegue continuar seu caminho devido ao seu tamanho ser maior que o calibre da artéria ao qual ela se encontra, e acaba entupindo-a.

Entendendo a estrutura da artéria
As paredes das artérias são calibrosas e são compostas por tecido muscular elástico. Essas paredes são compostas basicamente por três camadas conhecidas como túnicas.
  • Túnica adventícia: formada por tecido conjuntivo, é a camada mais externa.
  • Túnica íntima: É a camada mais interna, que se encontra em contato com sangue. Formada por células endoteliais. É a camada mais agredida pela aterosclerose.
  • Túnica média: composta por tecido elástico e células musculares lisa. É uma camada intermediária que se encontra entre a túnica adventícia e a túnica íntima. 


A aterosclerose ocorre nas artérias de grande e médio calibre.


De acordo com a Associação Americana do Coração, as lesões ateroscleróticas podem ser dividas em alguns grupos de acordo com os estágios mencionados acima. Na fase inicial, aparecem as chamadas estrias gordurosas. Essas estrias são compostas por células espumosas, que são caracterizadas por macrófagos cheios de lipídeos excedentes do sangue. Já as placas ateroscleróticas, lesão do tipo II,  inicialmente aparecem nas artérias do tipo elásticas, como as artérias carótidas e a aorta, e também nas artérias musculares, como as artérias coronárias. Nas artérias pequenas, as placas ateromatosas obstruem o canal onde ocorre o fluxo sanguíneo dificultando a chegada do sangue nos órgãos mais distantes. Na lesão do tipo III, que é a fase intermediária da aterosclerose, o lipídeo começa a se aglomerar fora da célula. O nome ateroma é dado na lesão do tipo IV e os sintomas clínicos podem começar a ficar evidentes. A lesão tipo V ocorre quando os lipídeos acumulados começam a se calcificar e a lesão passa a ser chamada de fibroateroma. A lesão mais avançada é o tipo VI, caracterizada pela ocorrência de trombose e hematomas. 

Essa doença se encontra em uma das maiores causas de morte no mundo, sendo que pode provocar Acidente Vascular Cerebral (AVC), infartos, gangrena nos membros inferiores de pessoas com diabetes, entre outros. 

            Sérgio Diogo Giannini, Aterosclerose Displidemias, Ed. 1. 1998

Por Larissa Valadares

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